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Concorrendo-lhe nas veias o vício da batota,
Convenceu verdades e mentiras que encontrou,
Com invencionice que do seu sangue se apropriou,
Circula na falta de vergonha que nunca se esgota,
O sangue contaminado da espécie que o idolatrou,
Enredada culpa em patranhas para evitar a derrota,
Com desfaçatez flexível de uma corrupta cambalhota,
Vestindo, agora, a pele dos carneiros que enganou!
A mentira é uma verdade não encontrada,
Que se esconde nas palavras de um mentiroso,
É compulsiva a lata da vergonha desgovernada,
Deste perigoso doente, por incurável, insidioso,
Pronto para mentir à própria mentira descarada,
Roubando vãs promessas a um povo preguiçoso,
Para lhas devolver em verdades de acto doloso;
São tão generosas suas verdades quando mente,
Confundindo-se naquela toleima sempre crente,
Da desonra comprada com imposto criminoso!...
Há um verme mais decente,
À espera de um cadáver verdadeiro,
Aguardando o seu fiel companheiro,
Um reles corrupto por demais demente,
Que enterrou um iludido País jacente,
Deixando-o sem obra nem dinheiro!...
Porque…
Há cadáveres que pelos vermes lutam,
Entregando-se vivos de corpo inteiro,
Aos vermes que cadáveres disputam?!...
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