.
.
.
Deslizando entre precisos raios de sol,
Ao longo do afiado fio frio da navalha,
Barbeia-se a calma de um caracol!...
Ao longo do fio da mesma navalha,
Espreguiça-se a serenidade de outro caracol,
Na direcção oposta entre raios de Sol!...
Imóveis, no meio exacto do frio da navalha,
Dorme a tranquilidade de um e outro caracol,
Cortando-se da noite, um escondido raio de sol,
Adormece no fio perfeito da lâmina que falha!...
Um corte viscoso escorre ao longo do fio,
Perfeição lenta da lenta morte do cio!...
.
.
.