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Um vizinho de um pobre Judeu,
Que pelo martírio já havia enriquecido,
Comprou a patente de todo o sofrimento conhecido,
E um grato passe em branco que ficou como seu,
Justo monopólio que o sofrimento lhe deu,
Sacrificado ouro do vizinho esquecido!...
Há um dentista por dentes de ouro urdido,
Que arrancou o ouro das dores a sangue frio,
Confundindo seu ouro com o ouro do bandido!
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