quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Talvez Apostasia

.
.
.

 
Lá do alto, onde a cegueira o via,
Ele observava do seu altivo olhar,
Do alto a baixo, fé perpendicular,
Uma linha, o caminho da idolatria,
Perfeito em sua forma de fantasia,
Até que algum corte fizesse falhar,
     Tanta fartura de fé, luz de cada dia!...


Pura, a carne virgem na horizontal,
Deitada num desejo que a despia,
Fitava o brilho do que a confundia,
Todas as estrelas do seu céu carnal,
O desejo e a confusão,
 O pecado e a confissão,
O medo do corte, castigo corporal,
E o sangrar do corte que não queria,
Corte que já fora perfeito e vertical,
O seu acto de contrição,
  Talvez a liberdade, talvez apostasia!...
 
.
.
.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário