.
.
.
… malícia da cúmplice brisa,
Benditos seios sensuais ao frio,
Nas fartas copas de seda leve e lisa,
Mamilos involuntários… arrepio!...
Desatinado pelos arrebitadinhos que vi,
Experimentei o fresco consultório da psicologia,
Espaço cúbico de uma circular quadratura bem fria,
Aumentou-se-me o desatino com o calafrio que senti,
Mais desatinei com o que entre minhas pernas encolhia!...
Pós de Édipo libertam a libido fechada na lata de leite condensado,
Mães voluntárias protegem seus filhotes entre seus quilos de maisena,
As embalagens que mães escondem nos enlatados peitos de amor desconcentrado,
Salvam olhos lânguidos vestidos de indiferença diante do sexo indefinido por transformado,
Anjos sopram óvulos de silicone nas trompas de Falópio e a carne é imagem obscena!...
Um par de ternuras penduradas no chão,
Caiu e espelhou-se no duplo reflexo do imaginário,
Espalharam-se Mamilos aborrecidos do desejo diário,
Endurecem no rosado desejo da sagrada tentação,
Num sofá desanda o assento da obsessão,
Parede erguida no sentido contrário!...
Uma mulher fresca entra na psicologia do consultório,
As mãos da mente são a língua de um exame obrigatório,
Uma brisa refresca o psicólogo asfixiado no calor,
Tanta frescura deve ser tratada com fervor,
Penetra a caneta no útero do relatório!...
.
.
.