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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Caligrafia

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As letras do alfabeto brincavam divertidas,
Com a arte das canetas que as escreviam,
O metal da pena era quem primeiro as liam,
E elas vestidas de nanquim para serem lidas,
De mãos dadas com restantes letras amigas,
Faziam-se palavras que da tinta escorriam!...

Agora que os analfabetos já sabem ler,
A personalidade é uma indistinta caligrafia,
Dos professores que pouco sabem escrever,
Confundem-se com ignaros erros na ortografia,
Absorvidos pelo mata-borrão de triste dislexia,
Manchado na mancha que mancha o saber!...

As letras são agora abatidas,
Por um acordo mal reciclado,
Juntam-se as palavras corrigidas,
Ao desconhecimento de ter errado,
E aqui temos mais um erro ignorado,
Pelo carácter de culturas perdidas!...

As canetas tristes secaram nas escolas,
Já não brincam com as letras empobrecidas,
Que com as pobres palavras vivem de esmolas!...
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