.
.
.
Das quatro longas cordas do violoncelo cansado,
Baila-me a voz serena de uma distante melodia,
Vem aninhar-se comigo e adormece a meu lado,
Sonhando meus sonhos entre os zigs do passado,
E seus zags amenos embalados na suave sinfonia,
Balbucio pleno de emoção a gemer na harmonia,
Aninar leve no ondular de meu sono sossegado,
Afagado pelo arco em zig-zags de branda Poesia!...
Adormeço enlevado num sorriso adormecido,
Vão adormecendo as cordas no arco da madrugada,
Acordo a solfejar com um sorriso agradecido!...
.
.
.