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sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Erguer da Queda


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A queda do arlequim mirabolante,
Que, divertido, nos fez rebentar de cansaço,
É gargalhada que ergueu o circo a outro palhaço,
Gritando, agora, vogais roucas de uma consoante,
Que rasgam as goelas de um histrião hesitante,
Derivando entre a revolta e o frágil ameaço,
De partir seus pés de barro degradante!...

Todos se riram da anunciada desgraça,
Todos choraram chalaças de tanto rir,
E esse palhaço ainda nos ameaça,
Com o palhaço que está para vir!...

Muitos morrerão de riso,
Muitos palhaços rirão até morrer,
E poucos compreenderão o aviso!...

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