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sábado, 21 de maio de 2011

Consumo

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Aproximem-se, sociedades de consumo,
Na compra de um irresistível preservativo,
 Ainda levam um brinde horizontal do prumo,
Aproxima-te, meu jovem curvado sem rumo,
Levanta-te à oferta pelo teu gasto excessivo,
Na compra da ilusão de um fogo sugestivo,
Ofereço-te irresistíveis cortinas de fumo!...

Vem, milagre recém-nascido,
Há carne nua em promoção,
Por cada pedaço consumido,
Levas dádivas cruas contigo,
Saboreia um pouco de ilusão,
Já provaste a doce ingratidão?
É grátis na perda de um amigo,
Por cada um que te leve consigo,
Muitas outras promoções virão!...

Despe-te do anticonceptivo,
Parte do planeta é o rasgado 1% prevenido,
Sobra uma aceitável porção de uma terra doente,
Probabilidade eficaz de um produto escondido,
Na oferta de uma venda transparente!...

Por favor,
Jovem consumidor,
Compra a anticoncepção que tenho para vender,
É garantida a gravidez que te vai surpreender,
Bem-vindos sejam a este mundo acolhedor,
Os teus números gémeos que vão nascer,
Filhos do capitalismo e seu amor!...
Não penses, caro benfeitor,
Na exaustão do teu querido planeta,
Não te percas no leve voo da borboleta,
Saboreia o suicídio em todo o seu esplendor!

Preservem-se do que a Terra sente,
Consumam todo o seu futuro já no presente!...

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