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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Rogatória

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Trás contigo,
Um leve travo adocicado,
Não tragas teu mel antigo,
Perdição desse doce castigo,
Tão amargamente castigado,
Pelo beijo que não foi provado,
E entre os lábios ficou perdido!...

Por tudo que não me deves,
Tendo-te por minha dívida tão leve,
Não rogo a quem muito de ti me deve,
E ante teus insistentes pedidos breves,
Finco-me no fazer-me de rogado breve,
Rezando para que não me leves!...

Ardem tuas plumas angelicais,
Na lavra das labaredas rogatórias,
Descaradas línguas de fogo infernais,
Sobrevoando teimosas trajectórias,
Indecisos purgatórios de histórias,
Limbo de tuas súplicas celestiais!...

Consumida levas-te contigo,
Em tuas extintas chamas serviçais,
Desistindo do meu lume que arde comigo!...

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