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"É no teu canto que eu canto,
Quando adivinho em teu canto,
O canto que no canto se faz memória,
Aninha-se em cantos a desaparecida glória,
Cantos onde cantos mudos já não causam espanto,
Por ávido canto de estrelas onde canta a escória!...
Há o refúgio suave de asas ao vento em teu recanto,
Onde os teus Poemas são serenos registos de Victória!..."
Roubei eu,
Este Poema que dei,
E se ao dá-lo, bem o pensei,
Não penso que seja só Poema meu,
É também de quem no seu canto o recebeu,
Sem saber do pouco que de seu canto sei,
É Poema que ao lho dar ele mo deu,
Comentário rimado que roubei!...
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