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domingo, 24 de julho de 2011

Remorso

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Esqueletos com medo da morte,
Tão preocupados em não morrer,
Sabiam que algo os estava a roer,
Atroz dor até ao tutano consorte,
De tão pressentida dentada forte,
Do remorso incapaz de esquecer,
A carne que fora dada a comer!...

Quem se fartou da carne bem viva,
Digere fome no caminho contrário,
Ossada em travessia num calvário,
Onde velhos ossos sem alternativa,
São uma reminiscente vã tentativa,
De esqueleto fechado no armário!...

Na vontade do remorso,
Está bem vivo o apetite da fome,
Que até aos ossos tudo come!...

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