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Algures da visão do meu limite suspenso,
Escorro-me de areia branca numa azul bruma,
E sigo névoas ao vento de teu navegar propenso,
Às despedidas bordadas num encontro pretenso,
De acenada sereia que na saudade se esfuma,
Imaginando a travessia do atlântico imenso!...
É doce o monograma das rotas de sal,
Que flutuam no adeus de teu salgado lenço,
Talvez lágrimas emersas de meu naufrágio real,
Ou a salvação das algas de teu oceano virtual!...
Há segredos vagos a sobreviver na lacuna,
De profundos pensamentos com sentido intenso,
Afogados na maresia íntima que se liberta da espuma!...
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