tag:blogger.com,1999:blog-3218767928363335204.post5109341129849706862..comments2023-06-18T15:37:33.004+01:00Comments on d'Alma...: AutoclismoA.http://www.blogger.com/profile/12292412346334774812noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-3218767928363335204.post-80922999281809842992011-05-19T16:43:07.167+01:002011-05-19T16:43:07.167+01:00Na reta final da campanha eleitoral para a eleição...Na reta final da campanha eleitoral para a eleição parlamentar em Portugal, o poema “Autoclismo” conta a história que é de denúncia social sobre os acontecimentos da política nacional e sobre a atuação de seus protagonistas. <br /><br />A política deveria ser um meio para mudar a realidade, mas na ausência de representantes das camadas mais populares, d’Alma rompe com os estigmas da passividade e sem engajamento partidário, faz da poesia um discurso apolítico [“Em tantos anos de declínio da Democracia, / Ainda crendo num poder conquistado,”], opondo-se pela lógica de exclusão a inclusão.<br /><br />Os versos multiplicam-se na consciência da massa desprestigiada e sofrida, e sem perspectivas de mudança na realidade social e repleta de extrema pobreza [“O caminho de esterco entulhado, / É escorregadio dejecto nauseabundo,”] nota-se a contundente urgência da linguagem poética que tanto insulta quanto incita a mudanças que deveriam ser essenciais, uma vez que eleger não é senão uma saída sem saída [“Optar pela esquerda é borrar o pé direito, / O cheiro da direita é igual trampa consagrada!...”].<br /><br />De conteúdo de natureza trágica, mas sem perder o humor, ou a d’Alma poética [“Com um pé na merda e outro a feder,”] o regime é fúnebre e o momento é de causa perdida [“Desprezando a vã cidadania do dever,”]. A criatividade de tamanha sensibilidade, face à necessidade que é sentida na pele e n’Alma. Duas pontas de um novelo no enredo de trama viciosa [“Fechadinhos dentro de nós, / Tricotamos silêncios nossos”] e demasiadamente dolorosa [“Fechadinhos dentro de vós, / Em cada ponto estamos sós, / Com as agulhas nos ossos!...”].<br /><br />A palavra e o verso. O conteúdo. E a mensagem: “Lá vêm os mesmos candidatos, / Da mesma merda que continua!...”. A poesia d’Alma é e sempre será uma psicologia da arte, e às vezes, da des’arte. É preciso desconstruir para construir. Um poema da poesia, uma palavra de uma estrofe, ou simplesmente uma exclamação de algumas reticências. E na abstenção do voto a tentativa de resgatar alguma dignidade extinta pela estrutura política.<br /><br />¬Teresa Alveshttps://www.blogger.com/profile/11334482681578075359noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3218767928363335204.post-88006305342151855982011-05-19T06:15:35.965+01:002011-05-19T06:15:35.965+01:00Esgoto Já!Esgoto Já!ΛмeвΛhttp://para-sita.blogspot.com/noreply@blogger.com