tag:blogger.com,1999:blog-3218767928363335204.post3334490782571908115..comments2023-06-18T15:37:33.004+01:00Comments on d'Alma...: Quasecaos diÉbólicoA.http://www.blogger.com/profile/12292412346334774812noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-3218767928363335204.post-47049258719840859972014-10-19T12:04:44.909+01:002014-10-19T12:04:44.909+01:00“Quasecaos diÉbólico” assume, mediante a diversida...“Quasecaos diÉbólico” assume, mediante a diversidade da temática, um ritmo urgente – como é a vida frente ao caos social e ao estado de saúde delicado, ou grave – unindo-se à sensibilidade humana através da multiplicidade de formas que seguem entre a história à atualidade, e entre o texto e o contexto à poesia, extremos que, trazidos à luz da realidade, precisam ser agregados à visão contemporânea sem o individualismo dos opostos.<br /><br />No limite, entre a Arte e a Realidade, ao contrário do sonho, ou da fantasia, ou da ficção, a dinâmica preenche uma lacuna no leitor, ou na leitora, através de uma abordagem lúcida, mas poética o bastante – característica principal dos Poemas d’Alma – e apresenta uma temporalidade imprescindível à ligação que existe com a própria pulsação da vida.<br /><br />O Poema transita entre sinais, sintomas [“Frias vertigens a ameaçar, / E a febre!...”, / “Diarreia certa!...”], diagnóstico [“Cercado por extra-humanos para cá da terra,”], tratamento [“E da pequena nave onde me puseram a sonhar,”] e prognóstico [“Um cadáver já previsto disse que o iam incinerar,”] do Ébola, ou Ebola, mas, o que mais chama a atenção, além da informação dos noticiários, [“Uma televisão a um canto, / A notícia e uma estória malévola,”], e da analogia entre a pandemia e a miséria, é o tom humorístico, cuja negritude é devastadora, que o Poema transpira, literalmente: “Há um esquálido médico com ar desprezivo,”.<br /><br />O interesse das Indústrias Farmacêuticas, enquanto fonte de estudos e apenas promessas milagrosas em concomitância com o descaso social, visivelmente doloroso na exclamação e nas reticências que sucedem ao último verso [“Prescreve-me caldos de galinha e um anti gripe!...”], por restringir a cura à qualidade de nutrientes absorvidos e por considerar a Vida (enigma de) e Morte (previsão de) são, na verdade, a única enfermidade incurável para António Pina.<br /><br />Bom domingo.Teresa Alveshttps://www.blogger.com/profile/11334482681578075359noreply@blogger.com