sexta-feira, 17 de maio de 2013

Reles Pessimista




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Era pra ser um reles pessimista,
E foi!...
Fechado atrás das pálpebras da conquista,
Reles olhar medroso incapaz de se mover,
Era o olhar que não era de cego optimista,
Sem saber se deveria ficar cego por perder,
    Ou melhor seria perder o triunfo de vista!...

Fechado no negrume do medo,
Procura perder-se no seu negro arvoredo,
Vê olhos das árvores espessarem-se como breu,
As raízes negras espessam-se em forma de dedo,
Acusam a noite perdida onde se perdeu o céu,
   Fecha-se na culpa do seu reles degredo!...

Nu, no pior do que pior conseguisse,
Era para ser e sabia saber que assim seria,
Já conquistara todas as derrotas da crendice,
Vestiu-se com o pior antes que o pior lhe fugisse,
E na certeza de continuar nu, no que se sentia,
Antes de perder-se no medo que lhe fugia,
    Sentiu-se perdido antes que se sentisse!...

Era para ser,
E assim sendo,
Perdeu e foi perdendo,
Sem nunca chegar a saber,
Que o que o deitou a perder,
Foi o que em si se foi escondendo,
Essa coragem numa simples aposta,
Mas, à pergunta simples do querer,
    O reles querer de não ter resposta!...

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segunda-feira, 13 de maio de 2013

10ânimo. + 1 Voo

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10ânimos exacerbados,
Por nada estar perdido,
Semblantes carregados,
Mas nunca derrotados,
    Por nada terem vencido!...

Ser assim será ser glorioso,
Desatino cego de conquista,
Ou o velho lirismo idealista,
Talvez o orgulho duvidoso,
      De quem não é Benfiquista?!...

O voo glorioso da vitória,
São as asas do nosso viver,
É sentir a paixão acontecer,
Voo rasante de Luz e glória,
    A voar na certeza de vencer!...

O voo da águia é ambicioso,
Voa sempre, sempre para ganhar,
Sempre longe do medo de perder,
E se ao voar,
Ao abrir as asas para triunfar,
Batendo-se num desejo fervoroso,
Com igualdade pode até pontuar,
Mas, se a vitória não acontecer,
    Será sempre um voo vitorioso!...




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