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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

MR. 10% (Dá que pensar)


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60% de medrosos, 

indiferentes e preguiçosos,

Fizeram dos restantes, seus mandatários,

40% de vários cenários,

Traçados por candidatos pouco ambiciosos,

E só um, demarcando-se dos ordinários,

Defendeu pergaminhos valorosos,

Contra meia dúzia de salafrários!...

 

 

De 40, tiram-se duas dezenas,

Perfazendo 20, portanto,

Sobram ao "pato" outras 20 penas,

E caiem mais 10, para meu espanto!...

 

 

Dá pena e que pensar…

10% de penas à portuguesa,

Que pouco contam, tristemente,

Sobram assim, com muita tristeza,

De um povo depenado, já na pobreza,

10% de penas dadas a um presidente,

Que, sem pena, as aceita com ligeireza!...

 

 

A um Portugal, muito bem assenta,

Os 10% de um farsola à portuguesa,

Que os portugueses representa!...

 

 

Dá que pensar!..

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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Goodbye England ( Estrela de David... Cameron)


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Sinto pena deste reflexo envergonhado,
Neste avesso espelho irreflectido por mim,
Vejo nascer esta geração já perto do seu fim,
Reflecte-se em suas mãos, tempo desperdiçado,
E nem o teu inocente sorriso, de sorriso disfarçado,
Que me envolve em ingénuos aromas de jasmim,
Me devolve a imagem perfumada que eu guardo,
Da liberdade e das flores vistas assim…
Como aquelas flores de tempos idos,
Flores que nasceram em jardins instruídos,
Crescendo entre a sensibilidade e o cuidado,
O cuidado com cada pétala de perfumado cetim,
De cada sílaba, do desejo e cada olhar delicado,
As lúcidas palavras gravadas em branco marfim,
E a polidez desenhada nos marfins mais polidos;
Pétalas vivas entre cada página dos livros lidos,
O perfume das palavras e dos livros diluídos,
     Nos perfumados saberes conseguidos!...

Crescem todas as palavras de paz,
Nas páginas de tantos livros de guerra,
Ser perfume sem flor,
Ser pétala sem cor,
Tanto faz…
Ser jardim sem terra,
Ser livro que a História encerra,
Onde o nosso jardim da memória jaz,
E pouco mais resta desunir do real amor,
 Realeza desse perfumado embaixador,
     Condenado ao regresso a Inglaterra!...

Da união do reino,
Ao reino da desunião,
Oxford, universidade de treino,
   Ovo Sionista chocada no ninho Alemão;
 Afinal, William Shakespeare nunca existiu,
E os reinos são uma ilusão,
O Reino Unido caiu,
    Acabou a união!...

***

"Meu maravilhoso Reino Unido,
My sweet Elizabeth, minha rainha,
Foste muito desta vaidade tão minha,
Por vossa graça, de graça teria eu morrido,
Dado a vida, sem desgraça, pelo dever cumprido,
Meu admirável reino de primavera, minha andorinha,
      Como conseguiste deixar que teu ninho fosse destruído?!..."
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PS-Só para que conste e se perceba melhor mais qualquer coisa,

David Cameron descende d0 Banqueiro Judeu, originário da Alemanha, Emile Levita.

     



sábado, 28 de novembro de 2015

Fome

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Dos rostos mais feios da espécie que nos devora,
É a vergonha mastigada por uma adefagia doente,
Uma fome alimentada com a maldade de muita gente,
Diferente fartura de Espírito, alimento das almas de outrora,
A mesma fartura em falta da fria humanidade que já não chora,
Chorando solidariedade hipócrita na exposta miséria conveniente,
Sedutor donativo depositado para abastados vencimentos na hora,
Herdadas contas insaciáveis de candidaturas legítimas a presidente,
Prometida manteiga a derreter no ougado pão que à boca demora,
É tudo isso calor do momento que a fresca esperança não melhora;
Estando a mesa de reis garantida, esquece o rei seu povo indigente,
Continuando o resignado castigo de um comido povo imprudente,
    Avesso virado no interior de anorética moda disfarçada por fora!...

Rei dos espermatozoides mais fracos,
Impunha sua lei de ejaculações contidas,
Estrangulando inatingíveis orgasmos velhacos,
Com a verga amolecida por desidratados buracos,
E simulava falsas palpitações de farturas fingidas,
Como se nadassem em prazer pelo prazer nutridas,
Mas tudo se foi desmoronando em orgânicos cacos,
Quando muita da fome encoberta por olhos opacos,
Revelou dispensas vazias de fertilidade desprovidas,
Restando um forte bafio exalado de esquálidos nacos,
    Herdeiro possível de escondidas migalhas perdidas!...

Gratos pelo fundo migado da lambida tigela,
Mimos empedernidos cavam salgados granitos,
Matando a fome com a sede mortal dos malditos,
Cozinhando vómitos com as migas que o medo martela,
Mas são deliciosas as migas guardadas pelo Amor bendito,
De pais sacrificados na luta contra a fome que filhos flagela,
    Trabalhando os calos ásperos de ódio por salário magricela!...

Sobre o caruncho dos ossos de mesas quebradas,
Sentam-se costas de cadeiras coladas ao abdome,
Esperando o bolor esquecido em pratos sem nome,
Enquanto à farta vergonha de lágrimas esfomeadas,
Se junta a seca penúria de alcunhas envergonhadas,
    Alimentando o choro com tristes lágrimas de fome!...

Atentados à pobreza são pagos em instituições de caridade,
Com a caridade dos pobres servida à mesa pelo pobre cicerone,
     Repastos de pobreza cozinhada na inópia da mirrada solidariedade!...
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Anuência do Fim do Mundo - Silêncio da Culpa e da Inocência


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Crianças desfilam em passadeiras rendadas,
Despidas da inocência até às rendas adultas das ligas,
O adultério embuçado de silêncio não lhes diz que foram violadas,
Transformando-as em sombra de silenciosas filhas envergonhadas,
Ainda antes que o sol despontasse nos olhos das jovens raparigas!...
Os pais anoiteciam no segredo do ciúme, demasiado cedo,
Mães, entregavam-se às noites da vergonha e do medo,
O silêncio da noite contava às filhas histórias antigas,
Histórias que se escondiam no silêncio das amigas,
E das lágrimas agrilhoadas ao mudo segredo,
     Atrás dos gritos das palavras amordaçadas!...
Hoje, já mulheres desesperadas,
As crianças continuam a desfilar,
Pais pagam para as namorar,
Mães são desprezadas,
   E proibidas de falar!...

Os pequenos lábios vermelhos desfilam, sensuais,
Insinuam-se os olhares perdidos nas cores do pecado,
Os aplausos entrelaçam-se em nós de laços carnais,
E antes que as crianças possam crescer mais,
   Já suas virgindades têm o destino traçado,
Com a anuência destes tempos brutais,
       Num banal espectáculo desgraçado!...
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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Gaza


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Do céu, demasiado longe do paraíso,
Do céu, onde se erram as contas de fadas,
Chovem estrelas celestes com negro granizo,
A inocência de crianças morre de improviso,
 Jesus chora entre as crianças assassinadas,
Morrem as Mães em lágrimas afogadas,
Pais implodem-se com a perda do siso,
   Ao Êxodo das lágrimas encantadas!...

Tenta-se enfaixar a dilacerada gaza,
Em sangue de inocentes esvaída,
Com faixas de raiva incontida,
Mas só a vasa que vasa,
Agora sem casa,
     É permitida!...
Do fim do mundo falam do fim,
Falam do princípio da felicidade,
    Prestes a nascer do íntimo ruim!...

E se renasce do ódio a ruindade,
Os genocídios serão um festim,
   Para falcões cheios de maldade!...
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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Ditadura dos Cravos


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Aquela imagem teimosa,
A criança de rosto empoeirado,
Mãos que sacodem terra do pão,
O sacudir antigo da fome receosa,
Aquele olhar envergonhado,
      E a palidez da razão!...
Uma lágrima caída no chão,
Outra que se esconde, medrosa,
O ranho sujo pela fome provado,
 O insulso sabor da resignação,
    E a palidez silenciosa!...
O prato cheio de fé religiosa,
Na ponta da língua o pai-nosso rezado,
Todas as rezas e o acto de contrição,
O sonhar com a fartura perigosa,
      E a palidez do fado!...
O desespero amordaçado,
A mordaça com cores da nação,
O grito pobre de uma criança ranhosa,
     Moldura à imagem de um Povo amarrado!...

Chegaram os cravos da revolução,
Logo a seguir ergueu-se o punho cerrado,
Abriu-se a mão que se transformou numa rosa,
Setas apontavam um céu azul e o ouro da fartura,
Atrás das costas ficou o mal que nem sempre dura,
E o peso dos sonhos prometidos,
Dos soníferos cumpridos,
E o fim dos pesadelos da ditadura;
Cravos e mais cravos, por cravos protegidos,
Rosas e mais rosas entre cravos floridos,
O florescer livre da arte e da cultura,
O princípio de uma aventura,
     E os manifestos permitidos…
   O futuro…
A velocidade e o muro,
O fim que o cravo não previu,
    E seu esborrachar prematuro!...

Esta imagem que teima,
De crianças sem pais nem abrigo,
A fome da democracia que queima,
     Cravos que a ditadura trouxe consigo!...

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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Cravos à Força


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À força…
Fizeram de ti, terra sem identidade,
Impôs-se o impulso casual e urgente,
Tinhas de ser cravo para a posteridade,
Sem que pedisses para o ser,
Viram em ti proibidos desejos e toda a Liberdade,
Foste Esperança à força nas mãos de tanta gente,
Vergaram tuas hastes numa fartura aparente,
Para criar mais raízes fortes de fertilidade,
Fértil, fértil, foi a ilusão da semente,
Foste renovo para esquecer,
E antes que o pudesses perceber,
    Passaste a ser cravo de orgulho ausente!..

No lugar de cravos floridos de orgulho viçoso,
Movem-se gritos tontos a caminho da fome,
Tontos militares cheiram o seu cravo famoso,
Um cheiro de vergonha liberta-se, silencioso,
   Os cravos sem culpa são do Povo sem nome!...

Já não somos Portugal,
Não sabemos que terra defender,
Sentimos este traidor desapego nacional,
   Elegemos quem nos comeu, come e continua a comer!...
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Sexo, Moscas e a Sombra do Amor


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Carentes de carinho,
Caros saem os olhos da cara,
Carregam sombras da manhã clara,
Pesados são os olhos em cego descaminho,
Perdidos no anoitecido olhar do seu olhar sozinho,
 Sem ver cair a lágrima que na sombra os aguardara,
     Sonhando encarar os cegos olhares em desalinho!...

Como uma sombra nas trevas da clara razão,
Move-se a luz que olhos perdidos encandeia,
Deitou-se a sombra sobre a luz fraca da ideia,
E antes de ajoelhar-se aos olhos da confissão,
Olhou-se na cara mais triste do falso coração,
    Vendo-se rosto do pesadelo da cara mais feia!...

Quando uma fraca cabeça já por demais perdida,
Pela falta de orgulho que o sexo promíscuo fodeu,
 Pouco resta da vontade responsável já toda fodida,
  Tudo parece amor numa doentia relação distorcida,
     Jamais o Amor será isso que é, e nunca aconteceu!...


Doentes não são as moscas, 
Por um pedaço de merda amarem,
Doentes são as cegas paixões mais toscas,
    Desses doentes, enquanto da merda gostarem!... 

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Caso Perdido

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Qualquer caso de saúde mental,
É caso para ser um caso perdido,
 O dinheiro é um caso pressentido,
Caso não o tenha é quase mortal,
E em caso da morte ter sucedido,
Sucede-se a óbvia relação causal,
Das causas ao efeito mais natural,
    De para morrer bastar estar vivo!...

Imagina-te bem vivo num caixão,
Há médicos à tua volta atenciosos,
As análises são casos espantosos,
 Das unhas encravadas ao coração,
Dos incríveis vírus muito famosos,
Até à cura por carniceiros zelosos,
Doutores da morte por prescrição,
Tão amáveis e de olhos carinhosos,
   Receitam a morte por procuração!...

Já fora do caixão onde estiveste,
A teu lado vai o caixão a enterrar,
À tua frente há uma porta celeste,
A única porta que nunca quiseste,
Aberta sobre ti convida-te a entrar,
Nas tuas costas há faturas a cobrar,
Dão-te toda a terra pelo que deste,
   Terra que pagaste e morres a pagar;
És um caso perdido,
Que médico algum quer encontrar,
O teu médico amigo,
Caminhou contigo,
Acreditaste que o sorriso te ia salvar,
Milagroso abrigo,
Mas, pobre condenado, até te matar,
Deste muito do que ele quis a ganhar,
         Esse simpático perigo!...
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