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sábado, 4 de março de 2017

Mimosas de Março ( Flores Tardias 2 )


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E antes que eu morra,
Florirei mais uma vez,
Talvez ainda te ocorra,
Entre laivos de timidez,
A salvação!...
Mas, não…
Do viço à palidez,
Vai mirrando o coração,
Esvanece sua robustez,
    Tanta beleza em vão!...

O tempo das flores doentes é escasso,
Tão escasso quanto o delicado florido das mimosas,
E do movimento suave de suas flores graciosas;
Hoje é o quarto dia de Março,
Para as raízes do tempo sobra muito espaço,
Tempo que falta à suavidade das flores silenciosas,
     Que morrem sem sentir o calor terno de um abraço!...

O amarelo é de um verde suave,
De uma estranha suavidade forte,
Como o voo inocente da inocente ave,
    Que trás consigo a mensagem da morte!...

Voltou a neve e a beleza da brancura,
Ainda trás consigo o manto frio do Inverno,
Morrem as flores mimosas em fria amargura,
Mas não trouxe a esperança do milagre da cura,
    Com as flores das mimosas, se vão do seu inferno!...
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terça-feira, 2 de junho de 2015

Surfar das Giestas (contramão)


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Navegando à flor do alcatrão,
Longe da fresca espuma do mar,
Conto quilômetros queimados no ar,
Vão ficando para trás as cores da razão,
Uma surfista rasga as flores só por diversão
Enfrenta o amarelo da berma que a vai rasgar;
Há giestas que ninguém vê engolidas pelo mar,
O giestal amarelo enegrece-se no coração,
    Uma giesta caída deixou de surfar!...

O mar pediu à onda e ao vento,
Que levasse a brancura da espuma,
Dissipa-se a espuma no pensamento,
Espumam as flores amarelas na bruma,
É volátil a maresia envolvida no momento,
É tão suave a gasolina em volátil movimento,
    O mar tinge-se de vermelho e se esfuma!...

Ficaram para trás as cores da razão,
Há giestas a surfar num florir violento,
    Conduzidas por giestas em contramão!...
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