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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Alma de um Livro Invisível

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Sou este meu livro que nunca escrevi,
Aos olhos ínvios de quem nunca me lê,
Sou cada página que à página fala de si,
    Não há uma só folha que saiba porquê!...

Desfolha-me quem não me vai lendo,
Passa pelo livro que sou e não me vê,
Já cheias do que não vou escrevendo,
    Ficam as nuas páginas à minha mercê!...

Há perfume escrito com cores de rosas,
A letra perfumada de uma pétala aflita,
Um jardim cheio de palavras preciosas;

Não lêem o silêncio no livro que grita,
Nem o segredo das páginas silenciosas,
    Murmúrio das palavras jamais escritas!...

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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Salutares Bofetadas (A herança dos covardes)

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Prometera um par de salutares bofetadas,
Uma herança de todas as ditaduras vencidas,
Por herdeiros das democracias conquistadas,
   Expressão livre das liberdades conseguidas!...

Tão dura fora a dureza da dita que perdura,
Dura ditadura que do nada dito, tudo ditava,
Ditava a dita, um ruidoso silêncio que ficava,
     E nada se dissesse dos homens com bravura!...

Desertores castrados, pelo medo arvorados,
Homenzinhos que nunca partiram e voltaram,
Para se arvorarem com os heróis que ficaram;

São a dita, da dura e velha senhora, herdados,
Herdeiros de doutos juízes e inúteis advogados,
Que os filhos legítimos do povo condenaram!...
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