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sábado, 14 de janeiro de 2017

Eu, a Razão e o Tempo

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Nada do que à minha volta mudou,
Se fez razão que me fizesse mudar,
Fui testemunha do tempo a passar,
A uns passos do que em mim ficou,
Neste modo de, a partir do que sou,
Partisse de mim, para comigo ficar,
     Ficando com a razão do que passou!...
  
Revolve-se o tempo em meu interior,
Sinto-o passar ao ficar dentro de mim,
Sou prisão que me prende no exterior,
Carcereiro do tempo posto ao dispor,
 Tempo que me trespassa até ao fim,
    Comigo vá o tempo para onde for!...

Sou como o tudo,
Tudo leva o seu tempo,
Um pouco de nada num momento,
Eu total,
Atrás do qual,
 Me escudo,
O final,
Do erro e lamento,
A correcção de veludo,
Do grito de liberdade e mudo,
Ao silêncio e ao pensamento,
 Contemplação e, sobretudo,
       Razão e complemento!...
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domingo, 13 de setembro de 2015

Certeza da Dúvida Ancestral


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O apelo iluminado das raízes ancestrais,
A raiz que se aproxima e o próximo sinal,
O sol deposto por não pôr-se, jamais,
E o renascer da dúvida ancestral,
Sem ter conhecido a luz final,
Entre outras luzes iguais,
    Ou à sua luz única, igual!...

A questão posta aos anos que passam pelo nosso ser,
Sem ser sabedoria que nos preencha de tempo,
Que nos encha sem nos preencher!...
Talvez saibamos a resposta sem nada saber,
Como se nada houvesse a saber sobre o crescimento,
E, como um momento que cresce a cada momento,
Acontecem certezas que não param de crescer,
   Entre dúvidas que brilham no firmamento!...

Sob as estrelas que brilham no olhar,
Chegados, finalmente, ao cume do que fomos,
Acima de tudo, sabemos que não podemos voltar,
 Á certeza de não voltarmos a saber o que não somos,
     Por saber que já brilhamos o que tínhamos a brilhar!...

Nos ancestrais braços da melancolia,
Com a melancolia no ancestral coração,
Erguemos os olhos até à ancestral sabedoria,
   Onde os sábios O procuram, à procura da razão!...
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quinta-feira, 23 de julho de 2015

A Troca da Razão



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Descodificaram-lhe os níveis de concentração,
Equacionaram hipóteses nulas de sobrevivência,
Pediram à velha humanidade para ter paciência,
Mas já nada havia a fazer pelo reflectivo coração,
O reino do cérebro escravizara-o sem clemência,
Carregou a besta com sofrimentos de falsa razão,
Pena após pena, até à última pena já sem perdão,
Desenganado, exalou um sopro final de inocência,
     E levou consigo seu cérebro, do qual fora a prisão!...

Quando ao coração coagido se dá o pensamento,
E o cérebro recebe ordens para deixar de pensar,
A razão transforma-se num ignaro complemento,
Das falsas dores induzidas pelo falso sofrimento,
Troca-se o coração de ouro que não sabe pensar,
     Pelo vazio cérebro sem razoável sentimento!....
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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Razão


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…sem a razão de ter,
A razão pelas piores razões,
Deixava de obedecer,
À razão de poder,
Dar razão a dois corações,
Que na razão das seduções,
Encontrava a razão de obter,
A razão para suas paixões!

Desculpando as razões da Paixão,
Na razão pelas melhores razões,
Há Amores pela melhor razão!...


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