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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Lacr(i)sê-lo


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Desprezara apostar toda a indiferença,
No papel castigado por carimbos arrependidos,
Pensando, ainda hoje, no que seu dinheiro pensa,
Deixou de pensar nas marcas carimbadas pela ofensa,
Por saber apostas perdidas na queda dos anjos já caídos,
Chancelados por estranhos sinetes dos sentimentos falidos,
Em distantes céus esmagados entre o lacre e a querença,
Dos baixos relevos por relevantes lacres derretidos!...

Ao segundo dia,
Caíra-lhe no esquecimento a falência do primeiro,
E do presente!...
Nem o coiro da capa queimada pelo ferro lhe doía,
Tal era a confiança no efeito do terceiro,
E ainda mais forte era o plágio da analgia,
Que a dor presente a outras conhecidas dores recorria,
    Selando a mentira dos dias com lacre verdadeiro!...

O terceiro dia é-lhe selo que não desiste,
Não sido uma segunda estampilha de tê-lo,
Como primeiro dia que adiante de si persiste,
Na teimosia de ser um tempo futuro de sê-lo,
    Sendo Futuro do Passado esquecido que resiste!...

Continuam a cuidar das feridas,
Vendendo-as ao mundo como cicatrizes,
Vivos sulcos de aparentes lágrimas infelizes,
     Por onde ainda correm pecados de mil vidas!...

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