Mostrar mensagens com a etiqueta Hipocrisia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Hipocrisia. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

À Distância de Nós

.
.
.

Tão próximos de nos aproximar,
Pela distância a que nos entregamos,
Por estar mais perto não nos esforçamos,
A desculpa das palavras tomou nosso lugar,
Já não sentimos o amor de onde devíamos estar,
Quem nos ama espera por nós, mas não chegamos,
Nem lhes damos um sentido abraço e logo nos vamos,
Procuramos na maior distância o sentido de abraçar!...
   
Somos apenas o vazios das palavras do que nos resta,
Somos o resumo do nosso texto por todos partilhado,
Somos um resto de nós resumido,
Somos o livro em branco mal lido,
Somos a distância que nada nos dá e nada nos empresta,
Somos palavras de um livro do humano juízo esvaziado,
Somos desumanos sempre tristes e sempre em festa,
Somos o próximo que se aproxima do que detesta,
Somos matéria em movimento sem significado,
Somos o livro que todos lêem e não presta,
Somos palavras de um livro apressado,
Somos… nosso vómito engolido,
Somos o que podíamos ter sido,
O que passou sem passado,
      Sem ter-se apercebido!...

Tão distantes estamos de um abraço,
São tantos os abraços dados por dar,
É o grato amor  um bem tão escasso,
    E desse amor tantos falam por falar!...


.
.
.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Na queda de Jesus (Vazio de Deus)

.
.
.
Nada é mais real,
Do que a incoerência,
Jesus passou a ser algo virtual,
E ninguém resiste à inconsciência,
Desse vazio de estranha influência,
Que esvazia o sentido do Natal;
Jesus começou a deixar de existir,
Bebem-se pecados pelo santo Graal,
Nada mais, d’Ele, parece persistir,
Há um abismo em pleno ritual,
Uma ceva sacerdotal,
    Dada a consumir,
        A uma fé digital!...

Como há de o Natal resistir?!...
Como há de resistir Jesus cristo,
Se, por podre causa de tudo isto,
Só os hipócritas jamais irão desistir,
De os condenados animais confundir,
    Com o virtual alimento previsto?!...

Deus já não existe,
Jesus foi um homem qualquer,
A Fé sobrevive na Alma que resiste,
 Não na mentira do venha o que vier!...
.
.

.



    

terça-feira, 16 de maio de 2017

Rios de Alegria sem Margens (nem água)

.
.
.

Somos tão ricos em simpatias,
Vendemos nossos sorrisos inebriantes,
Queremos ser os mais felizes todos os dias,
Partilhamos com alegria todas as nossas alegrias,
Mas quando nos vem ao pensamento, por instantes,
No quanto os sorrisos de amigos podem ser mais brilhantes,
Tudo é válido para parecermos as mais pobres alegorias,
Entristecemos,
E tudo fazemos,
Por nós, entre sorrisos e gargalhadas dissonantes,
Como se fôssemos as mais tristes mercadorias,
Á venda nas vaidades mais arrogantes,
De verdadeira alegria vazios!...
Assim vivemos,
Assim morremos,
Como se fôssemos rios,
Rios sem margens nem águas,
Onde caminhássemos menos sombrios,
     E, juntos, pudéssemos lavar nossas mágoas!...


Quero tanto, tanto que sejas feliz,
Que dances nos braços da felicidade,
Se a felicidade for, como quem diz,
    Eu… com toda a minha caridade;
Alegra-te e sente como sou a tua raiz,
     Sou a árvore e o fruto da tua amizade!...
.
.

.

   


sábado, 28 de novembro de 2015

Fome

.
.
.

Dos rostos mais feios da espécie que nos devora,
É a vergonha mastigada por uma adefagia doente,
Uma fome alimentada com a maldade de muita gente,
Diferente fartura de Espírito, alimento das almas de outrora,
A mesma fartura em falta da fria humanidade que já não chora,
Chorando solidariedade hipócrita na exposta miséria conveniente,
Sedutor donativo depositado para abastados vencimentos na hora,
Herdadas contas insaciáveis de candidaturas legítimas a presidente,
Prometida manteiga a derreter no ougado pão que à boca demora,
É tudo isso calor do momento que a fresca esperança não melhora;
Estando a mesa de reis garantida, esquece o rei seu povo indigente,
Continuando o resignado castigo de um comido povo imprudente,
    Avesso virado no interior de anorética moda disfarçada por fora!...

Rei dos espermatozoides mais fracos,
Impunha sua lei de ejaculações contidas,
Estrangulando inatingíveis orgasmos velhacos,
Com a verga amolecida por desidratados buracos,
E simulava falsas palpitações de farturas fingidas,
Como se nadassem em prazer pelo prazer nutridas,
Mas tudo se foi desmoronando em orgânicos cacos,
Quando muita da fome encoberta por olhos opacos,
Revelou dispensas vazias de fertilidade desprovidas,
Restando um forte bafio exalado de esquálidos nacos,
    Herdeiro possível de escondidas migalhas perdidas!...

Gratos pelo fundo migado da lambida tigela,
Mimos empedernidos cavam salgados granitos,
Matando a fome com a sede mortal dos malditos,
Cozinhando vómitos com as migas que o medo martela,
Mas são deliciosas as migas guardadas pelo Amor bendito,
De pais sacrificados na luta contra a fome que filhos flagela,
    Trabalhando os calos ásperos de ódio por salário magricela!...

Sobre o caruncho dos ossos de mesas quebradas,
Sentam-se costas de cadeiras coladas ao abdome,
Esperando o bolor esquecido em pratos sem nome,
Enquanto à farta vergonha de lágrimas esfomeadas,
Se junta a seca penúria de alcunhas envergonhadas,
    Alimentando o choro com tristes lágrimas de fome!...

Atentados à pobreza são pagos em instituições de caridade,
Com a caridade dos pobres servida à mesa pelo pobre cicerone,
     Repastos de pobreza cozinhada na inópia da mirrada solidariedade!...
.
.
.


domingo, 9 de agosto de 2015

Tão... Tantas, as Almas...


.
.
.

Tantas almas perdidas,
Á espera das despedidas,
Tantos, os lenços sem dono,
Tantas, as almas ressentidas,
Á espera do seu fiel patrono,
Tantas, as almas ao abandono,
Tantas, as primaveras fingidas,
Á espera de um triste Outono,
   Tantas são as árvores despidas,
Por seus deuses em seu trono,
     Tanta fé à espera das partidas!...

Tanto santo lenhoso,
Tanta santa de porcelana,
Á espera do machado piedoso,
Á espera da beata pedrada insana,
Tão lenhosa é a pobre alma humana,
Tão insignificante é o lenho milagroso,
 Á espera da religiosa alma profana,
  Tão profano é pecado religioso,
     Que por Deus se engana!...

Tão pouca fé no semelhante,
Tão pouca fé na fé viva da Vida,
Tanta é a fé no caruncho cintilante,
Tão pouca é a fé na fé d’Ele renascida,
Tanta é a fé na vaidade degradante,
     Tão pouca, a fé em desgraça caída!...

Tão perto está o pessimismo,
Tão longe está o pessimista,
Tão perto está o abismo,
Tão longe o humanista,
     Tão em nós, o egoísmo!...

Tão ocos de alma,
Tão vazios da verdade,
Tão insaciáveis de vaidade,
 Que nem Deus os acalma,
      Em sua infinita bondade!...
.
.
.

    


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Raciocínio Globalizado


.
.
.

Que se liberte o raciocínio perdido,
Ou impedido,
Pela manifestação do raciocínio activista,
E activismo sem sentido,
Sentido por qualquer insensato optimista,
Que parecendo um sensato pessimista,
Vende-se ao pensamento induzido,
     Por políticas de indução globalista!...

Um lápis afiado por um rabisco,
Nega Deus e nega o religioso direito,
Rasga o papel onde escrevera o respeito,
Deixando a vida do papel da vida em risco,
E com mais um rabisco de criminoso efeito,
Forja caricaturas sublimes de papas francisco,
Com lápis crucifica a verdade e a fé em Cristo,
E, nunca satisfeito,
Com o lápis de um mau gosto nunca visto,
Desenha a paz com um lápis suspeito,
E, já com o raciocínio desfeito,
Afia-se no plano previsto,
     Mata sem preconceito!...

Os rabiscos ganham vida,
Rabiscos morrem às mãos de Deus,
A fé na Vida nunca esteve tão perdida,
E é no raciocínio em rabiscada despedida,
     Que mais lápis se erguem nas mãos de Judeus!...

      
.
.
.

domingo, 17 de agosto de 2014

Se Não Podes Com Eles... Beatifica-os a Todos!...

.
.
.
Em cada sacerdote católico há um duplo traidor de Cristo!...
Atrás deles seguem muitos traidores inconscientes,
E outros tais traidores, aos traidores condizentes…
Nem todos são santos por um triz…
Meus Deus… -Também não sou Santo, mas sou feliz!!!!!!!!!...
Sou mais um feliz dos milhões de felizes desta Igreja bendita!!!!!!!...
Sou humilde, o mais miserável humilde dos resistentes,
Sou aquele que a Igreja bendiz,
O bendizente da adversidade maldita,
Sou aquele que no sofrimento acredita,
Se entrega ao silêncio do pranto,
No entanto,
Por mais que vocês me procurem no mais divino recanto,
Ou no exorcismo encantado desfeito pela Estola mais rica,
Sou esse que nos cornos de ouro do bode mais influente,
Onde se pratica a entrega ao ritual da reza mais crente,
Aquele que jamais encontrarão!...
Mas… eu encontro-vos entre os santos quase eleitos,
Merecedores, enfim, da salvação,
Estarei entre os mártires eleitos pela vossa hipocrisia,
E… meus caros miseráveis de todos os proveitos,
Por mais que penseis ser puros insuspeitos,
A vossa traição é uma perfeita analogia,
Entre o simpático diabo que vos guia,
 E Jesus abatido em vossos peitos…
Sois falsos sorrisos de um triste dia,
No desespero das noites desfeitos!...


Morreu Ele, para, em nome d’Ele fazerem isto,
Prometer a salvação a troco de um cego respeito,
 Induzindo pobres a enriquecer os traidores de Cristo!...
.
.
 . 
     


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Redondez Esférica de uma Verdade Redonda


.
.
.

A glória da fantasia global,
Vertiginosa lá do alto do esférico,
O círculo que envolve o estado mental,
As voltas fechadas num vai e vem histérico,
A globalização desse arredondamento genérico,
Que nos dá a volta em voltas da ingenuidade natural,
Quase sagrado com um toque fantástico e quase irreal,
Redonda consagração do feito de efeito mais homérico,
Quem nem Homero, por mais épico que fosse, e brutal,
Não imaginaria arredondar-se nesse futuro quimérico,
E vão rolando glóbulos à volta da redondez financial,
Numa linha que se liga pelo globalismo isotérico,
Onde a se arredonda de igual para igual,
Ou, pelo menos, sem parecer imoral,
Constrói-se herói mesmérico,
       Essa cura esférica do mal!...

Juntam-se mesméricos esferoides de redondo talento,
Compram-se juízes redondos para as globais lavandarias,
As bolas perfeitas são dadas ao povo redondo de sedento,
Arredonda-se a magra verdade ao globo ocular do desalento,
E quando as cores do mundo rolam num turbilhão de hipocrisia,
Que esse globo de gente redonda, tida como alegre mercadoria,
Não ouve o tiro de partida para o primeiro pontapé violento,
Nem sente as esferas que o fazem rolar sobre a idolatria,
      Até ao último tiro no final no mesmo povo cinzento!...

A bolas que rolam no sorriso da estratégia montada,
É um compressor, globo da felicidade, ao que parece,
O povo rodopia e é esmagado como sempre acontece,
Esmagado, continua a ser cor viva da ilusão montada,
    Não vê que a realidade a seria se a realidade quisesse!...
.
.
.




sexta-feira, 21 de março de 2014

Dia da Poesia?!...


.
.
.

Porque hoje…
 Querem fazer dos Poemas infinitos,
Um solitário e tão finito quanto único dia,
Boicoto esse convencional delito dos delitos,
Continuando a procurar-me no infinito da Poesia;
Procuro-me na liberdade dos dias e na livre alegria,
Abraço a tristeza que sobrou dos poemas aflitos,
Abro os braços e solto o grito dos gritos,
  Libertando-me dessa hipocrisia!...

A poesia é todo o tempo,
É o princípio dos fins sem fim,
A fonte do livre fundamento,
De onde corre o movimento,
    Que te liberta de mim!...
.
.
.



domingo, 15 de dezembro de 2013

Como a Tantos Pobres...

.
.
.

Como em tantas outras formas de desprezar,
Não desprezando os filhos da pobreza do costume,
Familiares e amigos continuam a dar um ar do seu perfume,
Oferecendo as mais ricas desculpas para o pobre cheirar,
Ninguém lhe dá laços de lágrimas para o ver chorar,
      Nas lágrimas não há uma réstia de queixume!...

Como em tantas vezes que Jesus Nasceu,
Estrelas brilhantes têm um brilho providencial,
Lembro-me de ver uma luz que nos olhos pereceu,
Olhos afogados na sombra que a luz já esqueceu,
Uma centelha dá por momentos um forte sinal,
Um lindo sorriso estende-lhe a mão macia,
Deseja-lhe com carinho um feliz Natal;
Mais um pobre de esperança vazia,
Que nos sorriso dos outros se esbateu,
Lembro-me da inconsciência que se reacendeu,
Naquele distante encontro em desencontro total,
Uma lágrima incapaz de conter-se, apareceu,
E toda a igualdade se tornou desigual,
Igual a mais um diferente dia,
Muita tristeza recorda o sorriso que fugia,
Com a hipocrisia e avareza, e tão tal quanto qual,
Ainda dizem os ombros encolhidos do pobre que dizia:
-Bem haja, não faz mal!...

Como a tantos pobres que todos deveríamos ser,
Faltam muitas palavras, o pão, o calor e o saber Amar,
Em nossos olhos não falta esse egoísta desejo de tudo ter,
Há uma Luz humilde que nasce para nos fazer ver,
    E apenas olhamos o brilho que nos faz cegar!...

.
.
.



sábado, 3 de agosto de 2013

DiVerso Agosto d'Alma

.
.
.



Este calor que abafa o discernimento,
É anaeróbio efeito perfeito de agosto,
Entre asfixiantes virtudes entreposto,
Em tentativa de fuga ao ensinamento,
Tentando o inalcançável entendimento,
Através da estrutura perfeita do rosto,
    Frígido de intencional arrefecimento!...

A virtude é um cubo em arestas de gelo,
Ausentes das paredes que o sustentam,
Com ângulos de perspectivas sem apelo,
E o ângulo flexível de quebrado cotovelo,
Dores fortes que os soníferos aguentam,
Fazendo de conta que contas inventam,
    Pertinaz o empenho de tão obscuro zelo!...

Entre Krystais, vêm envoltos em calma,
     DiVerso, A.braços e os estados d’Alma!...

Pobres poetas e outros miseráveis,
Caminham nos abraços da conivência,
-Nunca lhes caem os braços,
Nem o labéu-
Comungam do divino pão que se bifurca,
Chafurdam em vinhos de sangues misturáveis,
Aflorados no rosto de irresistíveis aparências,
Entre acordos tácitos de egoísta convergência,
Essa subtileza manhosa que o incauto deturpa,
Desfigurando a virtude dos defeitos louváveis,
-Sempre vinculados aos laços,
E às promessas do céu-
O efeito do defeito em virtudes reprováveis,
Que a violência intrometida do verbo usurpa,
Visando os fins dos princípios que conspurca,
Os mesmos princípios de redita persistência,
-Submissos sucessos de cu ao léu,
Enrabados por fracassos-
   Repetindo-se em anáforas de contingência!...

Mas, este é só mais um mês de Agosto,
Mês de poucas virtudes… e muitos defeitos,
As férias da denúncia e a surpresa de novos conceitos,
O silêncio da confissão atroz desconhecida no rosto,
Bem conhecida dos propostos a cargos escorreitos,
Longe dos gritos de tristeza e alegre desgosto,
     Fim inacabado dos krystais imperfeitos!...

Também este Agosto é mês de krystal,
Será sempre DiVerso de todos sem preconceitos,
Será o perfeito defeito da virtude natural…
Ou apenas mais um defeito revelado de Agosto,
    Na virtude de um Poema… sem rosto?!...
.
.
.