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Como foi Natal,
Tempo de hipocrisia e coisa e tal,
Ofereci por aí mãos cheias de nada,
E outras de coisa nenhuma...
Todos sabem que a crise é só uma,
Qualquer coisinha que nos foi rapinada...
Imaginaram-se o melhor espumante
e a espuma,
Explosão de um fazer de conta petulante,
Feito de efeitos em feitios de fachada,
Celebrados pela agitação desejada,
Da nossa sede que se esfuma,
Salivando a palavra embriagada,
Na cuspidela que se acostuma,
À boca que a sinceridade desarruma,
No despacho de mais uma Natividade celebrada!...
Já ninguém valoriza a crise de valores,
Na preguiça desta sociedade desumanizada,
Desvalorizada por quem jamais morrerá de Amores!...
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