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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Apocalipse

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Não pisarás o verde da terra,
Não verás o azul do céu,
Serás um prisioneiro de guerra,
Serás réu!...
Não verás uma alma bondosa,
Não verás um rosto rosado,
Não verás uma pele mimosa,
Não verás um corpo lavado!...
Não terás um trapo,
Um trapo serás,
Morrerás de frio,
Serás um condenado nato!...
Não encontrarás um rio,
Sentir-te-ás fraco,
Beberás ácido da bexiga de um porco,
Tua alma sorverás, comerás bocados do teu corpo,
Até pouco restar,
Do teu filho inocente,
Rebento de teu sangue comido ao jantar!...
Mas… resistirás!...
A carne vais deixar de comer,
Teu corpo carcomido,
Será nojento;
Arrastar-te-ás sem poder algum,
Já não serás violento,
Teu refúgio será no jejum,
Não falarás,
Porque tua língua já comeste,
E cego como ficarás,
Do que sofreste,
 Pouco verás!...

Definharemos num pesadelo agitado,
Sufocados no vómito da nossa mente distorcida,
Asquerosa podridão engolida por um grito abafado,
Até a Alma de toda a Humanidade ser digerida,
No caos da bombardeada terra exaurida,
Na vergonha do homem culpado!...

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