quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Nostalgia da Culpa e da Inocência


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Em estado latente de nostalgia,
De alma ao abandono no olhar,
Via as horas dos sonhos flutuar,
Só Deus, de sua memória sabia,
Confessara seu silêncio, um dia,
Silêncio onde se recolheu a orar,
Só, a Deus, só seu silêncio pedia,
    Para só o seu silêncio confessar!...

No silêncio de sua pura inocência,
Onde a sua culpa se foi perdendo,
Confiou em Deus e sua clemência,
 Concílio da Alma e sua consciência,
Felicidade e silêncio acontecendo!...

    
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1 comentário:

  1. “Nostalgia da Culpa e da Inocência”

    O quê dizer sobre um Poema onde, a inquietude da alma poética torna-se evidente através do sentimento que busca serenidade na oração que conjuga tema, verso e melodia com crença? Ou, que no silêncio da memória dobrada sobre um tempo deprimido, ou desprovido de força e coragem, causa espanto, tanto quanto admiração, pelo exercício da sagacidade que tem na temática a infância, a inocência e o homem/mulher interruptos pelos sonhos desfeitos, e no desfecho, um coração iluminado que acolhe e recebe a prece e a fé? E, seguindo o ritmo de sua Poesia, intuir que, do curso oculto de seus sentimentos, e do seu olhar, ou da visão, se localiza sua paixão pela humanidade?

    O quê dizer da voz que se ouve da Poesia que ressoa realidade e ficção; consciência e inconsciência; silêncio e rumor; ingenuidade e culpa; e, enquanto Arte verbal da propriedade estética da língua, arquitetada sem hesitação, na ambígua (inteira e oca) relação existencial com o mundo interior e exterior, encontrar o mistério da vida e suas alusões?

    Hoje, deixo respostas em jeito de perguntas que não precisam ser solucionadas.


    Boa quinta-feira, António.

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