sábado, 29 de novembro de 2014

Segue...


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Segue!…
Antes que a felicidade te cegue,
E a infelicidade seja o que reste,
Vai, e antes que o amor te pegue,
 E te arrependas do que fizeste,
Segue!...
Deixa-te levar pelo vento leste,
Esquece o sol que te persegue,
E deixa-o pôr-se onde se ergue,
Que a lua, seu luar te empreste,
E te lembre da jura que fizeste,
Foge de seres a mal empregue,
Despe-te da razão que quiseste,
Dá-te à razão que te entregue,
E seguindo-a, com a razão…
Segue!...

Segue!...
Até onde quem te segue conseguir,
Não pares para olhar o que não tens,
Atrás de ti segue o que está para vir,
Segue o sorriso que te vem a seguir,
  E, sorrindo, segue com quem vens!...
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1 comentário:

  1. “Segue...” é um mapa de expressões sensoriais que se abre à janela dos olhos. O Poema preserva uma visão panorâmica de quem vê na paisagem um olhar dinâmico, e as figuras do mundo, (lua/céu), recriadas em sua grandeza cósmica, resultam numa percepção simultânea e sincronizada.

    Entre a sombra e a travessia, a luz. Ou o caminho que conduz à Poesia d’Alma. E, no desassossego da luz (cegueira), o poema professa a ética da progressão visual, e, como um relâmpago de sensibilidade, a criação atinge o modelo da intemporalidade e vence a solidão. Ou a escuridão do silêncio primitivo à peregrinação do desconhecido, mas absurdamente passível de ser conquistado (futuro). E alcançado (sol).

    Neste mosaico de versos, a Poesia eleva na diversidade e nas semelhanças que a caracteriza, um conjunto de reflexões que possibilita o leitor a conciliação entre a escuridão e o esplendor: Uma força que caminha determinada em direção à comunhão de valores e oportunidades.

    Fez-se a Poesia. Mas fez-se também a Luz.


    Boa semana, A.

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