terça-feira, 18 de março de 2014

Di.Amantes e a Prata


.
.
.
Lembras-te?!...
Entramos há momentos no Santuário,
Extravasavam os medos do nosso medo,
Teus verdes anos amadurecidos muito cedo,
Amadureceram meu velho espírito temerário,
Foi, dos dez meses de namoro, esse o corolário,
Com um sorriso de Deus, e já de Aliança no dedo,
     Continuamos casados de fresco neste aniversário!...

Nem todos os espinhos foram exclusivo das rosas,
Juntos em nosso jardim cuidamos de nossas flores,
Partilhamos probatórios espinhos e algumas dores,
   E as verdes urtigas ensinaram-nos lições preciosas...
Lembras-te?!...
Delicadas, em tuas mãos merecedoras de louvores,
Assim como a delicadeza das flores mais poderosas,
   Luz que do frasco dos anos eflui fazendo luminosas…
As floridas recordações de nós, felizes sonhadores,
     E a memória dos nossos prazeres sempre ansiosos!...

Mas, agora…
Lembramo-nos que nada mudou,
Continuas a dar-me tanto prazer quanto dantes,
Assim quanto é o Amor que com o mesmo prazer te dou,
Sem deixares de ser a Mulher que és e eu o Homem que sou,
    Somos Amor e sexo com amor, Esposa e Marido, dois amantes,
Anos de ouro, com muita prata que o tempo não nos roubou,
Resistência natural que faz de nós Humanos di.Amantes!...

O Futuro?!...
A Deus pertence,
E ao coração mais puro,
Assim se lembre quem o pense!...
     
.
.
.



2 comentários:

  1. E o Poema de Amor, como um tributo às Bodas de Prata, interessa à grande Arte como exemplo, ou interveniência no homem, no mundo e na Vida. Numa era tão propícia à inversão de valores, marcada pela solidão, dolorosas separações e por famílias fragmentadas, a Poesia d’Alma contraria os obstáculos da sensibilidade e se faz presente para celebrar a união e a vitória do Amor.

    Embora similar à temática de outros Poemas, “Di.Amantes e a Prata” destaca-se pela inventiva habilidade de transformar o adverso em benefício [“Nem todos os espinhos foram exclusivo das rosas,”], a manutenção do amor em diferentes épocas, é uma Arte, muito bem representada pelas propriedades dos elementos ‘Diamante e Prata’.

    E porque duplo, plural. Porque Amor recíproco. Porque sincero, iluminado. Porque puro, inocente. Porque fiel. Porque Celebração. Porque Poema. E Poesia.


    Parabéns, António Pina e Carla!

    ResponderEliminar
  2. Belos os namoros

    no equilíbrio das assimetrias

    ResponderEliminar