quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Tão Natal... o fugaz!...


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Ali estava a inocência a brilhar,
Dando abraços abertos de luz sem brilho,
O brilho abria os braços aos abraços do olhar,
Mas, muitos braços de ferro, com medo de falhar,
    Falharam quando não tiveram força para abraçar um filho!...

…ali estava toda inocência a brilhar,
Sem o brilho que os olhos inocentes ferisse,
Envolto em pouco mais do nada que nele se visse,
Pouco mais do Verbo nu conjugado no Ser de se dar,
É divinamente misterioso o Verbo que se quer conjugar,
   Tão divino quanto o Amor que partilhado se sentisse!...

…ali, numa manjedoura ainda sagrada de quente,
Pelo bafo das vacas, de burros e de todos os cordeiros,
Depressa se transformou em lascas de secos madeiros,
     Prontos para serem dores da Humanidade que sente!...

...ali... aqui,
Talvez em ti,
Longe do mal,
Mais uma vez,
Do fugaz se fez,
    Mais um Natal!...
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4 comentários:

  1. O Poema possibilita ao leitor, além do conhecimento, a vivência pelo desenvolvimento da cognição provocada, no mistério do ‘verbo’ e na magia poética; a afetividade que promove o sentimento e a emoção; a construção de um conceito enquanto caminho de Verdade. E a Poesia chega, não como perda, ou fugitiva, mas inesperada, como uma prenda, ou um gesto, de Natal. Uma Luz, intensa, na escuridão de cada um de nós.

    [E acho que é isso que me faz sempre voltar aqui, na claridade que existe na Razão de escrever versos onde podemos nomear afetos, e, vivenciando a dinâmica poética, ou o trajeto, trocar experiências através do reconhecimento em um ou outro Poema, verso ou tema.]

    E, dessa luz, “Tão Natal... o fugaz!...”, revela-se como um Poema de afetividade, cujo território é do Amor, livre e incondicional, de Cristo pela humanidade, mas também do Homem que não aceita o título de Poeta, e nem por isso deixa de escrever Poemas que falam sobre os sentimentos, sobre a paixão, e sobre as emoções onde transitam sofrimentos, medos, insegurança, esperança, luz, natividade, inocentes e inocência, e uma estrela, ou quatro, ilustrando a imagem do Menino Jesus, têm o poder de iluminar o mais pobre dos espíritos.

    E, iluminado, um abraço como vínculo de afeto... e a leitora, em êxtase, agradece, por tanta sensibilidade.


    Ainda, ou sempre, em clima de Natal, Boas Festas.

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