sexta-feira, 4 de maio de 2012

Fim...



...

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E entre humildes Poemas foi assim,
Que muito do que passou por mim,
Dividi com quem quis axiomas de si,
Desses sentimentos comuns que vi,
Entre espigões em flores de jardim,
Sentires vossos que eu não escondi,
Por serem comuns a tudo que senti,
Alma d’Alma que escolheu o seu fim,
    Desde o primogénito verso que pari!...

Aos que viram em d’Alma um Poeta,
Lamento desiludi-los mas sem ironia,
Digo que na noite não há o Sol do dia;
Não passa duma consequência direta,
Da necessidade,
De fazer florir a verdade,
Em celestiais jardins de fantasia,
Regados com a beleza da Liberdade,
   Só ao alcance do que achais ser Poesia!...

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Com gratidão!...



5 comentários:

  1. E que este fim com reticências, seja o sinal de continuação. De um caminhar de um fim para um recomeço, um novo começo, uma continuação do que está, do que ocorrerá na alma, d'Alma.

    E assim existirá poesia, nos sóis da lua, nas estrelas do céu da boca, nos brilhos dos olhos opacos, nos gritos mudos, nos jardins celestiais, nas dores do mundo.....

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  2. Soa a despedida que não é aceite, nunca foi pedida, como ser eleita? Nunca em nome da Liberdade, mas com a liberdade, tudo é possível até o impossível ditaras regras que não tem!
    A_braços!!

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  3. [...] E todas aquelas palavras ali, ardendo nas suas entranhas uma força emotiva que buscava desesperadamente se manifestar... e nascia o verso. Depois a estrofe. E outras. E nascia o poema. A diagramação, a produção do wallpaper... A publicação. E a leitura. A leitora. Eu.

    Luz e caminho. Sua poesia é uma estrada linda a ser percorrida. Seu estilo incomparável, chama interna e essencial que o constitui, torna-se simples diante da sua poesia. Servindo à humanidade com sua atitude estética e ética, com plena consciência e responsabilidade do que escreve, para que e para quem escreve, repudiando a hipocrisia e revelando-se um defensor da justiça, d’Alma brinda com sua companhia todos aqueles que de seus versos dependem para continuar a luta.



    Esgotadas todas as possibilidades de encontrar uma primeira palavra para dar início ao meu comentário, decido a fazer dessa procura o começo daquilo que representa para mim uma enorme perda.

    E de repente a impressão que tenho é que estou a reviver cada comentário que aqui fiz. Como se estivesse assistindo ao filme da minha história de vida com d’Alma. E as cenas, em câmera lenta, a me mostrar o quanto fui imperfeita, o quanto deixei a desejar, o quanto errei em não demonstrar a importância que a poesia que eu aDsorvia dele fazia fluir em mim sentimentos que preenchiam minha vida com a mais pureza d’alma, deixando um gostinho, bom, de alegria e de completude. Mesmo para aqueles onde a leitura era feita entre lágrimas e dor. Inclusive.

    Nessa cena, também lamento todos os elogios que não fiz e todas as palavras que não escrevi para demonstrar o carinho e o respeito que tenho por seus poemas, mas se melhor não fiz, por pura incompetência, porque não faltou nem amor nem sinceridade. Cuidado. Atenção. E agora, olhando para esse tempo que perdi e que não tenho mais como recuperar, e a certeza de saber que esse é o último comentário, dói.

    Nunca esperei que alguma despedida fosse indolor. Podia prever sua dor. Já me despedi de tantos e quantos por essa vida... Só não sabia que algumas despedidas podiam ser maior que o meu próprio corpo.

    Ou nunca experimentei essa sensação. De tão grande, sobra. E sai. Curiosamente, excede por falta. Já pela saudade. Do verbo... APRENDER.


    “Com gratidão!...”, meu abraço.

    Teresa Alves

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  4. E há razão maior que a verdade,jardins floridos e poesia?
    Beijos no coração!

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  5. "Da necessidade,
    De fazer florir a verdade,
    Em celestiais jardins de fantasia,
    Regados com a beleza da Liberdade,
    Só ao alcance do que achais ser Poesia!..."

    Necessária,
    imprescindível a poesia
    e espero, quero acreditar,
    que será apenas um "intermezzo"
    e breve voltarás a nos brindar com tua poesia!

    Abraço daqui!

    Marlene

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