domingo, 3 de abril de 2011

Nudez no Céu

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…Esperava um pouco daquele céu,
No seu inferno às vezes celestial…
Celeste era aquela estranha fixação infernal,
Espreitando do rasgo denunciado do véu,
Transparente… ao léu!...
Despido.. nua integral!...
Despida… no despido céu!...


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5 comentários:

  1. Curiosamente, li e reli..e li..e li..e concluo..


    -tanta coisa o céu nos clama!... Oh Céus!!

    Um beijinho
    da
    Assiria

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  2. Um estado d’alma, entre o sonho e a realidade... A realidade! E a contrariedade. Numa linguagem impessoal e uniVersal, os versos transcendem qualquer significado e apelam à percepção. A sinestesia. E d’Alma pinta sua tela com o poema “Nudez no céu”.

    Revelando a hesitação dos versos precisos, as reticências caminham entre rimas, no jogo dos contrários sobre o que não é definível “…Esperava um pouco daquele céu,”, na história que não é de amor, mas é de mistério e sedução.

    Um céu. Um horizonte. Talvez um mar. Ou um oceano. Sem referencial. A linguagem poética é simbólica. A imagem também. O desconforto. O lugar de tormento [“No seu inferno’] é o mesmo de paz [‘às vezes celestial…”]. A dúvida, avessa ao uniVerso, não aloja a unidade poética. No foco, a paisagem, repleta de antíteses, é razão certa e precisa de abrigo [“Celeste era aquela estranha fixação infernal,”]. O desconforto, então, desvanece [“Espreitando do rasgo’] e confirma o paradoxo [‘denunciado do véu,”] estético.

    O tempo é corrido, não há pausa. As mãos, em oração, delatam. A poesia é desvelada [“Transparente… ao léu!...”]. A nudez do verso é recíproca [“Despido..’ ‘no despido céu!...” / “Despida…’ ‘nua integral!...”] e o céu é sua única testemunha.


    ¬
    Boa semana.

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  3. Quem não espera... mas não desespere!! Lá o céu, e o brilho, d'olhos, n'alma... e o sorriso sereno, de quem sabe que a esperança, senão é a última que morre, é a primeira quem nasce, d'alma.

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  4. Nada melhor que palavras bem ditas ;) Gostei de estar aqui hoje =)
    Obrigada pela visita que me fez ;)
    Bjão

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  5. este poema também se pode ler ao contrário, ou seja de baixo para cima, não lhe tira o sentido e tb fica bom.

    desculpe, mas costumo ler tambem dessa maneira.

    beij

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