terça-feira, 5 de abril de 2011

Na Primavera...

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…Esta minha bendita tristeza,
Que floresce nestes estranhos enleios,
Os chilreios…
 Felizes de tanta beleza,
Batidas de descompassada estranheza,
Desesperado desejo que prospera,
Sem freios!...
Como se… ao mungir a Primavera,
Saciasse a sede e a fome no cio dos seios!...

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10 comentários:

  1. D'olhos lânguidos no chilrear da Primavera ecoam os mais belos com(passos) de Chopin, nos risos dolentes dos versos tristes de um Poeta!...

    Um Beijinho
    da
    Assiria
    e
    Um sorriso

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  2. Perfeito,,,muitas vezes nos floresce uma tristez no peito,,,nos desejos e sonhos,,,dai, precisamos de um outono pra poder recomeçar tudo outra vez...abraços de bom dia.

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  3. Versos e escritor afinam a sinfonia e conjugam no mesmo ritmo a unidade viva entre essência e poesia, e permeando a imaginação, floresce o poema “Na Primavera...”, em sintonia com o corpo, abrigo de emoções, sensações e experiências, para deleite d’Alma e de todas d’almas.

    A paisagem e o uniVerso [“…Esta minha bendita tristeza,”]. Seus contrários e d’Alma. O clima e a serenidade, louvável de emoção estética e nostálgica, contagiam o ambiente e evocam os sentimentos, DiVersos, [“Que floresce nestes estranhos enleios,”], onde corpo e alma deliciam-se em harmonia.

    O pulsar d’asas e peito, músculo, sístoles e diástoles descompassam, mas mantêm o movimento ritmado das contrações e distenções, numa poesia suave, que centraliza e torna-se o coração do mundo, [“Batidas de descompassada estranheza,”], no desejo que nasce e renasce, [“Os chilreios… / Felizes de tanta beleza,”] a cada Primavera. E na totalidade da vida, íntima, promovendo a paz, a poesia flui, na entrega do momento presente, desfrutando prazerosamente [“Próspero desejo que desespera, / Sem freios!...”] da supremacia da emoção sobre a razão.

    A natureza-mãe. Os seios “Como se… ao mungir a Primavera”. O alimento. E o prazer. A união, perfeita. O começo de tudo, vibrante de frescura, finda a poesia: “Saciasse a sede na fome do cio dos seios!...”. Os encontros com as reticências estimulam os sentidos e o poema exala erotismo. Há de se ter peito, não necessariamente seios, mas que seja imprescindível que exale o perfume, sutil, das flores... e do corpo... d’Alma.


    ¬

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  4. Acho que já não há primaveras nem chilreios que me alegrem!
    Abraço

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  5. Olá passando para conhecer seu blog, parabéns pela poesia.
    Gostei de tudo aqui, estarei vindo mais vezes.
    Beijos

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  6. a fotografia despertou a primavera mais fortemente. há coisas - gosto de chamá-las assim, quando não há definição - que têm a capacidade de anunciar ou exaltar mais uma determinada circunstancia. a delicadeza, porte e postura do pássaro acordou-me para a realidade que até os pensamentos tem de ser como ele!!!

    amei a fotografia

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  7. "fome no cio dos seios!..."

    A primavera a despertar o apetite e a poesia a despertar os sentidos, adormecidos.

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  8. A primavera nem sempre é bela...beijo Lisette.

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