domingo, 13 de fevereiro de 2011

Namoro do Pavão



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Duas penas e um Pavão,
A dança exuberante do ritual,
Papo rebentando de sedução,
Astucia do fascínio sem senão,
Sedutor Sol de calor consensual,
Um leque aberto de brisa visual,
Atiçando o fogo na paixão!...

Mais uma pena no papo,
-Ou duas e um tabu,
O Amor serve-se cru,
O beijo saboreia o priapo,
Do príncipe e não do sapo,
Sendo eu, até podes ser tu,
É que nisto de despir o nu,
E vestir a linha com um fiapo,
Pode ser remendo de farrapo,
Pena de pavão, beleza de peru!
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Será a flecha de Cupido,
Veneno de tesão danado?!...
Ou será Amor envenenado,
De Amor inocente fingido?!...
Talvez um lindo sonho colorido,
Com cores de Amor pintado!...

Talvez...


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8 comentários:

  1. Interessante, para mim, que li,em vez de "com cores de Amor pintado"!... Eu li, "com cores de Amor probido".


    O pavão simbolizando a beleza, o colorido, de uma dança de paixão, de sedução.


    abraço!

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  2. O momento mais belo é esse, o de cortejar,,,alcançar a atençao,,,o desejo,,,abraços de boa semana pra ti amigo.

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  3. Caro POETA;
    Um excelente poema, numa alegoria cheia de cor e ritmo poético.
    Gostei bastante.
    Um forte abraço.

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  4. Colorido!

    Há sonhos que se tornam realidade,
    Outros em pesadelos!

    Bjs dos Alpes

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  5. “Namoro da Pavão” é uma homenagem à união amorosa entre os casais, representado pelo Dia de São Valentim e comemorado em 14 de fevereiro, conhecido no Brasil como 'Dia dos Namorados¹'. Um poema que mistura-se à paisagem e entrega-se ao voo das palavras no mais absoluto estado de leveza, assim como a beleza da melodia que flui da poesia.

    O pavão, símbolo de beleza e vaidade [“Duas penas e um Pavão, / A dança exuberante do ritual”], faz parte da construção poética por revelar seu bailado à época de seu acasalamento, como poder de sedução à fêmea, evidenciando ainda mais o brilho e a cor de sua plumagem [“Um leque aberto de brisa visual / Atiçando o fogo na paixão!...”] reinventando através do voo da imaginação e da própria estrutura linguística [leia-se poética] o uniVerso dos sonhos e dos mitos.

    Assim, nasce o poema, nos versos da lenda ou da história, não importa, que é de amor e de cupido. De fechas e de venenos. E de telas e de cores.

    Várias são as reflexões que afloram: [“O beijo saboreia o priapo, / Do príncipe e não do sapo”]. Ao leitor, compete a fluidificação do sentir, e cada qual unindo seus principais elementos, atingir seu entendimento à libertação de sua própria alma, à medida de sua compreensão. Sapos e príncipes povoam a humanidade.

    Bocas e beijos também. Mas a palavra, personificada na alma e impressa no sentido diVerso dos versos, segue via mão única: “Sendo eu, até podes ser tu”.

    A arte, mantendo seu princípio que se destaca pela criatividade e sempre buscando atingir o máximo de significados possíveis, com o mínimo de significantes, surpreende mais uma vez e supera-se [“Pena de pavão, beleza de peru!”]. A roupagem e seus contraditórios, a ilusão, ao mesmo tempo, o sonho e a beleza em ambos. Não há de se desprezar voo, mais uma vez, e dessa vez, vertiginoso [da alma], porque favorece a queda.

    Cupido, deus de amor na mitologia romana, imprescindível em todas as lendas, marca sua presença nas muitas formas de amor e de amar. Mas lembremo-nos da via única, onde todos os caminhos nos levam ao encontro de apenas um amor [“Talvez um lindo sonho colorido, / Com cores de Amor pintado!...”] senão o maior, o maior e mais belo. Porque escrever poesia e ler poesia, e quanto mais tento compreender o que distancia uma coisa da outra, mais convenço-me do que não existe convencimento, é também um meio de se sonhar a poesia e de vivenciá-la, e de não sentir vontade de acordar do ‘sonho’.

    E assim, como não sonhamos em P&B, também não vivemos o amor em P&B.

    A pontuação sugere o efeito suspense [“Talvez...”], ou para provocar, ou para ativar sensações, ou para manter o suspense, atiçando a carga erótica que envolve mitos e fantasias, sem um fim. E se no plano erótico a entrega plena não se realiza, supõe-se então que a magia consiste na eterna busca do inatingível, ou do inalcançável.

    Talvez... Talvez...

    ¬
    A todos os namorados e namoradas, aos enamorados e às enamoradas, um Feliz Dia de São Valentim. Multicor.

    ¹ No Brasil o 'Dia dos Namorados' em comemorado em 12 de junho.

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  6. Correção:

    ¹ No Brasil o 'Dia dos Namorados' é comemorado em 12 de junho.

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