quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pegada


.
.
.

Sobre a sua esquecida pegada,
Penetra uma clarabóia estranha,
Emergindo do brilho que a banha,
E a despe com uma fina camada,
De nudez na palavra denunciada,
A Luz misteriosa que se entranha!

Fria das noites perdidas que ganha,
 Recalca pegadas no cume de mil anos,
Que não iluminam o sopé da montanha!

.
.
.

3 comentários:

  1. Há dias de bréu e de brilho, no sopé da montanha...

    Bjs dos Alpes

    ResponderEliminar
  2. Venho agradecer a visita. Demorei. Em outros dias estive lendo, mas preciso ler com mais calma.

    Gostei da sua forma de chegar no blog, de comentar, interagindo com o que está escrito. Poucos fazem assim.

    Percebi que você consegue fazer boas rimas, sem forçar a rima.

    Voltarei com mais calma.

    abraço.

    ResponderEliminar
  3. “Pegada” inaugura um estilo literário diVerso em versos que incitam a sensibilidade à leitura de seus significados e símbolos, no poema de muitas vozes, mas também, de muitos ouvidos.

    Sua linguagem desorienta, por instante confunde, mas a história, que não se sabe de amor ou não, não disfarça, passado e presente se encontram e provocam lembranças que não devem ser esquecidas “Sobre a sua esquecida pegada”.

    No poema de letras confessas à denúncia da cumplicidade [“De nudez na palavra denunciada”] cada leitor, ou cada ouvinte, é chamado a descobrir caminhos, construir e reconstruir nas palavras, os versos que segredam reflexos que nem descortinam, nem explicam, ainda assim, nomeiam passos e apontam a direção no chão.

    Mas é no espaço de tempo, entre um verso e outro, a cada RE-leitura que o poema se revela um novo poema. Um outro olhar.

    No caminho a ser trilhado e RE-conquistado, o desafio: Transformar versos em atitudes - Iluminar-SE! Vislumbrar o horizonte RE-criando o próprio presente.




    ¬

    ResponderEliminar